“Não era um dia bonito ou diferente dos outros. Era apenas mais um daqueles dias com o céu pintado de cinza. Com uma melancolia tão indiferente no ar que chegava a passar despercebida.
Não era triste ou alegre, simplesmente era, ou melhor; simplesmente estava lá, fazendo parte do tempo, servindo de tela ou moldura para um acontecimento majestoso que não viria. Uma folha em branco, abandonada no caderno de um poeta, sem poesia nenhuma.
Um dia tão sem graça quanto a vida, nada mais ou menos que qualquer outra coisa. Um dia que quase beirava a desesperança.
Um quase dia."
Aaah, esses dias de chuva! Os melhores, em minha humilde opinião. Inspiradores como nenhum dia ensolarado jamais foi... Por mim, o sol ia embora pra sempre e os dias seriam alternados entre chuva colossal - noite - céu cinza.
É claro, não podemos esquecer do fator "arrepia cabelo", que todos amamos! Você acorda, se olha no espelho, sorri para o seu cabelo, exclama "Bom dia!" e ele te responde na mesma intensidade "Bom dia, seu abobado! Veja só a sua cara de bocó!"
Só de olhar pela janela de manhã e ver que está chovendo, meu dia já se torna bom.
E não é só pra ficar em casa, não; é pra sair por aí, munido do seu guarda-chuva mais super power colorido (que não servirá de nada, no fim das contas, além de te deixar mais feliz), pisando nas poças, rindo insanamente, fazendo o maior barulho e se ensopando até a alma. Depois, chegar em casa, ir tirando a roupa encharcada a medida que vai entrando, deixando uma trilha até o banheiro, ligar aquela água quentinha e sentir o sangue voltando pros pés... Sério, é um dos maiores prazeres da vida.
É claro, fica bem melhor e mais divertido com uma boa companhia.
Não podemos esquecer da pneumonia que você descobre ter contraido por causa dessa aventura, dia depois.
Tomem vergonha na cara e vão se molhar por aí, poxa!
(Inaugurando o meu primeiro post do blog, profundo como uma lata de atum cheia de serragem)
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